terça-feira, 24 de julho de 2007

À deriva

Às vezes me sinto como uma nau à deriva
Perdi o leme
e sem comando
me perco entre azuis
Minha bússola-coração é inconfiável
e me prega estranhas peças
Um farol azul me aponta
um porto seguro
Mas eu teimo em tomar
a direção contrária
em busca da tempestade
de teu olhar castanho
Às vezes quero enfrentar
as ondas gigantescas
que me desviam do destino
que achei que era meu
às vezes me entrego ao sabor do vento
em aventura rumo ao desconhecido
Às vezes quero apenas
desatar os nós e partir
Às vezes quero apenas
lançar âncora
que é pra ficar entre os corais coloridos
e as emoções de um mar
que amedronta, invade e assola,
mas ao mesmo tempo intriga,
embeleza e acalma

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