terça-feira, 24 de julho de 2007

Viagem

Você se deita ao meu lado
E enfeita as ondas marrons
de meus cabelos
com borboletas amarelas
Elas sobrevoam delicadas
minha pele
onde dedilhas a tua canção preferida
Debruçando-se
sobre a relva
você espera
minhas mãos
traçarem barcos
em tuas costas nuas
Não há momento mais belo
do que a partida
das borboletas nos barcos
Perguntamos curiosos:
Onde eles atracarão?
Não há como saber...
Só elas sabem
onde os levarão!
Durante a viagem
se alimentarão de sonhos e poesia
E certamente numa curva fugidia
evitarão o cais da solidão
E é com tristeza que descobrimos:
Os barcos que partiram
jamais retornarão!

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